segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Correndo com cautela.

Como toda criança que nasceu com um vídeo game, sou apaixonado por jogos virtuais.
Pena que não tenho tanto tempo pra desfrutar!
Quando menino o que reinava no mundo dos consoles era o Atari.
Pra quem lembra ou já teve a oportunidade de ver um, pode também ter jogado o River Raid.
No River Raid o jogador deveria pilotar um avião e não só desviar, como também destruir os inimigos que cruzavam seu caminho.
Entre as muitas coisas que jogador deveriam fazer neste jogo, duas eram imprescindíveis.

• Decidir entre fazer a reabastecimento de combustível, ou seguir em frente com a possibilidade de explodir sem o mesmo.
• E decidir entre: ir pelo caminho mais curto porem mais difícil, ou pelo fácil e mais longo.

Engraçado não? As duas decisões que escrevi acima são muito parecidas com as decisões que temos que tomar no nosso dia-a-dia.
Seja no meio de nossa família, trabalho, na igreja, finanças, vida espiritual, temos que tomar decisões como estas.

Numa dessas manhãs em que me encaminhava para o trabalho, estava no terminal das Barcas em Niterói me dirigindo para o centro do Rio de Janeiro, pude visualizar algumas pessoas, umas tristes com o semblante pesado, outras preocupadas, umas com os cabelos despenteados, e na sua grande maioria num silêncio mórbido.

Talvez pelas horas ou quem sabe pelo frio daquela manhã, ouvia-se muito poucas palavras, e sim o som do vento e do mar.
Eram 07:25h da manhã. Muitos com toda certeza acordaram bem cedo pra estar ali como eu, ou quem sabe madrugaram. Isso talvez explicasse o silêncio e os cabelos bagunçados.
Contudo, não me detive em refletir sobre aquele momento.

Se fossemos levantar as hipóteses e os reais motivos de tantos cabelos bagunçados, e tamanho silêncio, diríamos de forma simplificada que se tratava de cansaço provocado por uma semana difícil, problemas dos mais diversos, noites mal dormidas, atividades com a família entre muitas coisas que tomam o nosso tempo.

Mas que tal considerarmos duas palavras que talvez nos ajudem a explicar tudo isso?

Disciplina e Prioridade.

Então vamos lá!
No inicio deste texto falei que gostava de vídeo games e citei o jogo River Raid, o jogador deveria desviar e destruir os inimigos tomadores de tempo, e aqueles que queriam pará-lo.
Na vida real, não é muito diferente, existem situações que tentam fazer-nos parar e até nos destruir.
Outras tentam nos jogar pra fora do jogo e nos fazer desviar do caminho.
No Jogo River Raid você tinha que decidir entre reabastecer ou explodir, seguir pelo caminho mais curto, porem mais difícil. Ou o trajeto longo e mais tranqüilo.
O tema deste post é: Correndo com cautela..

Hoje o mundo vive um momento muito particular de distorção da verdade.
É mais fácil correr para o caminho mais curto sem analisar as conseqüências.
No entanto, o que se deve fazer é andar pelo caminho seguro. O caminho na estrada.
Você consegue saber a diferença do caminho na estrada? Bem esse é um outro tema que podemos abordar num outro momento.
Nós queremos correr e vencer. Chegar o mais rápido possível no nosso destino.
Principalmente para pessoas como eu, que sou extremamente ansioso e tenho lutado contra isso, correr aparentemente é a melhor decisão.

Se analisarmos o que o Ap. Paulo diz a Timóteo veremos um detalhe interessante:

II TIMÓTEO 04:
7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

Paulo em momento algum diz que ele chegou na frente ou em primeiro lugar. Ele disse apenas que acabou a carreira. Em outras versões achamos a palavra completei a carreira. Isso é também uma vitória.

Ele chegou ao fim, não antes de combater o bom combate. Não antes de completar a sua trajetória. De seguir o caminho na estrada. Ele não usou atalhos que aos seus olhos, pudessem fazer com que ele poupasse tempo e energia. Geralmente quando os corredores usam atalhos eles são desclassificados.
O grande desafio que temos hoje, não é só chegarmos ao final, que já é uma grande vitória. Mas sim, como vamos chegar ao final? Vamos chegar lá com nosso tanque de combustível vazio ou quase?
Guardaremos a fé como o apóstolo?
Caramba! São tantos os desafios?
Sim. Mas a maior parte deles podem ser vencidos, analisando as duas palavrinhas que mencionei acima.

Disciplina e Prioridade.

Devemos saber que pra chegarmos ao final de qualquer corrida devemos estar prontos para começá-la.
Sabemos que todo atleta disciplinado deve estabelecer um momento para reabastecer (comer e beber), tempo para descansar (relaxar os músculos) para poder ser bem sucedido.

Isso é disciplina!!!

Muitos pensam que seguir o traçado é somente andar corretamente e ser bom o suficiente ao ponto de chegar em primeiro lugar. Mas eles esquecem que existe toda uma preparação disciplinar para isso.

Exemplo: Se eu pegar um jovem de 18 anos que tem toda a vitalidade de sua juventude e os pulmões novinhos em folha, mas que não corre ou pratica esportes; e também convidarmos um senhor de 60 anos com preparo e disciplina, praticante de corridas semanais, quem você acha que agüentaria uma corrida de 15km? Pode ser que o jovem lidere aproximadamente os 06 primeiros quilômetros ou até mais. Contudo, duvido que ele chegue até o final, e se chegar não fará em menor tempo que o jovem senhor de 60 anos.
Tudo isso porque houve um preparo e o jovem senhor estabeleceu prioridades.
Que tipo de prioridades um servo de Deus deve estabelecer?

E com isto encerro esta postagem:

• Estabelecer prioridades: é saber quais são os meus limites, minhas deficiências e trabalhá-las.
• Abastecer e reabastecer o tanque de combustível: é buscar em Deus renovo, beber e comer da palavra de Deus sempre que possível.
• Desviar dos inimigos que querem nos fazer perder tempo: Evitar embates que não nos levarão a lugar nenhum. Que nos farão gastar mais energia.
• Destruir os inimigos que podem te destruir. Ou seja, não criar cobra pra não ser picado por ela. Evitar tudo aquilo que não te deixa se preparar para uma boa corrida.
• Manter o foco na linha de chegada: Guardar a fé! Porque sem fé é impossível agradar a Deus.

Lembre-se de que muitos podem chegar na linha de chegada, mas já desclassificados por terem pego atalhos, e todo o esforço pode ter sido em vão.

MATHEUS 07:
22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;

Melhor é ser treinado pelo mestre, do que ser expulso por dopping espiritual.

Paz no amado de nossas almas.

Mario Nascimento.

2 comentários:

  1. Como é bom a gente ler sobre coisas que tem estado em nosso coração e perceber que outras pessoas também tem sentido e refletido sobre o mesmo.
    Escrevi um texto que em breve colocarei em meu blog, que em alguns momentos passa a mesma ideia que o seu, no que se refere a limites, a parar pra descansar com propósito (como vc disse, para reabastecer!).

    Ah, e sobre andar na estrada ou pegar atalhos, faço uso agora das palavras de Andrea (esposa de Pr Aloysio) que me marcaram: No atalho não há placas de sinalização!!

    Um super beijo!

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  2. Finalmente encontrei o seu blog!
    Amei essa palavra.
    Tive um pastor que sempre dizia: Você não pode levar alguém a um lugar onde nunca foi!! Ler estas palavras vindas de um ansioso, como você relata no texto, me faz pensar nisso porque quando sabemos do que estamos falando, quando se trata de algo que realmente vivemos estas palavras tem poder não só para impactar, mas principalmente para tranformar.

    Temos sido impactados por muitas coisas... pregações, louvores, textos, frases de efeito e até mesmo tragédias.... mas transformados apenas por aquelas que tem poder de
    transformação. A experiência tem este poder.

    É muito bom ler sobre algo que é real, que foge à pura teoria, que é prático, porque daí vem a identificação, a reflexão e a transformação.

    Estar em comunhão com os irmão, para mim, também toca no ponto da edificação mútua através das experiências de vida.

    Um abração,

    Gabi Ribeiro.

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